Uso Misto: Nova Tendência no Mercado Imobiliário
Reunindo estabelecimentos comerciais e apartamentos residenciais, uma nova tendência promete atrair a atenção de investidores e novos moradores no mercado imobiliário.
São os chamados edifícios de uso misto, ou no inglês os mixed-use. Comum no exterior, esse tipo de construção tem agradado os habitantes de grandes cidades, destacando São Paulo como berço de alguns importantes lançamentos.
A novidade ganhou popularidade por que esse tipo de residência proporciona aos compradores o privilégio de morar e trabalhar no mesmo lugar. Esse diferencial garantiu a valorização desses imóveis, sendo uma alternativa para quem pensa em fugir do turbulento trânsito da capital paulista.
Foto: Dennis Mojado.
Os edifícios de uso misto visam ir muito além da praticidade, preocupando-se, principalmente, em proporcionar mobilidade e qualidade de vida para seus moradores.
A tendência tem sido bem aceita pelos paulistanos, que já contam com sete empreendimentos dessa categoria na cidade. O número vai de acordo com um levantamento da empresa de consultoria Cushman & Wakefield, que registrou a existência desses edifícios em algumas das principais regiões comerciais de São Paulo.
Segundo a pesquisa, esse número deve subir para, pelo menos, 17 novas construções de uso misto, até o final de 2013.
Os primeiros apartamentos à venda em SP localizados em prédios que misturavam o uso comercial e residencial foram construídos em 1957. O edifício foi o Conjunto Nacional, na movimentada Avenida Paulista.
Depois dele, surgiram empreendimentos como o recente You, Metropolitan, lançado no bairro de Tatuapé na zona leste de São Paulo.
O edifício, concentrado em apenas uma torre, conta com 120 apartamentos residenciais, divididos por 10 andares e, 298 pequenas salas de escritório, espalhadas por 11 pavimentos comerciais.
A intenção é que graças ao tamanho reduzido dos escritórios, o custo das peças seja menor e possibilite aos compradores adquirir também um imóvel para uso residencial no mesmo edifício.
Lançado em agosto desse ano, outra construção de uso misto foi erguida no bairro do Itaim. Reunindo 266 apartamentos e 80 escritórios, o projeto leva vantagem por ter o cantor Roberto Carlos como um dos sócios das incorporadoras responsáveis pelo empreendimento.
Além do apelo publicitário, a fama do “rei” rendeu ao edifício preços elevados. Prova disso é que o custo de uma de suas unidades residenciais está na faixa de R$ 13.500 por metro quadrado, enquanto o preço do metro das salas duplex de escritório gira em torno de R$ 24.000.
Localizado no centro financeiro de São Paulo, em plena avenida Juscelino Kubitschek, o edifício ainda possui entradas separadas para a sua área comercial e outra para os apartamentos residenciais.
A divisão torna possível preservar a privacidade dos moradores e segurança de quem trabalha no local, evitando a circulação de pessoas indesejadas em diferentes partes do prédio.