Corretor de Imóveis

Descubra quanto ganha um corretor de imóveis

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A remuneração é um dos pontos de maior dúvida dos profissionais que apostam em uma carreira no mercado imobiliário. Se a autonomia e a liberdade de autogerenciamento são alguns dos diferenciais da profissão, a incerteza — ou desconhecimento — sobre como acontecem os pagamentos costuma causar apreensão, principalmente nos iniciantes.

Para diminuir as dúvidas sobre o assunto, preparamos este material para explicar quanto ganha um corretor de imóveis e como é composta essa remuneração. Confira!

É importante frisar que a profissão de corretor é regulamentada

É a Lei Nº 6.530, de 1978, que regulamenta a profissão de corretor de imóveis. Embora não especifique as bases salariais para a atividade, a legislação apresenta as formas de atuação do profissional, como autônomo ou vinculado às imobiliárias.

A corretagem e o recebimento de comissões pelos negócios que intermedeia também estão previstos nos artigos 722 a 729 do Código Civil. Isso não garante, porém, a regularidade ou a constância dos vencimentos. O ganho variável é uma das principais características da renda do corretor.

Comissão como base

Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis (CRECI) determinam percentuais de referência em cada estado para as transações exercidas pelo corretor de imóveis.

Nas vendas, por exemplo, o valor médio varia de acordo com o tipo da propriedade. Nos urbanos e industriais, o percentual fica entre 6% e 8%. Nas áreas rurais, pode chegar a 10%. As vendas judiciais costumam render cerca de 5% pela corretagem.

Quando o negócio é uma locação, a comissão costuma ser o valor de um mês de aluguel, ou 30% sobre o total nas locações por temporada. Já o comissionamento pela administração do imóvel varia entre 5% e 10%. Os percentuais acima têm como referência a tabela de valores de honorários do CRECI de São Paulo.

Esse é o valor que o cliente desembolsa pelo trabalho. Quanto dele se destinará, efetivamente, à remuneração do corretor, depende dos seus custos e do seu vínculo, conforme veremos a seguir.

Corretor autônomo

Atuar de forma independente, como autônomo, é uma das alternativas para o corretor de imóveis. Além da total liberdade de organizar sua rotina e seus horários, esse modelo garante que a totalidade das comissões sobre os negócios efetuados ficará com o profissional.

Ou seja, caso participe de transações que totalizem R$ 300 mil em um mês, seu faturamento será de R$ 18 mil (6% sobre R$ 300 mil, considerando a venda de imóveis em áreas urbanas). Atente, porém, que faturamento é diferente de rendimento.

Parte desse valor será remetido a cobrir os custos com espaço de trabalho, deslocamentos, impostos, etc. Após deduzir o montante relacionado aos gastos operacionais e para desenvolver e alavancar sua carreira como corretor de imóveis autônomo é que você conseguirá definir o lucro.

Parceria com a imobiliária

O corretor que optar por trabalhar em parceria com uma imobiliária terá acesso a toda uma estrutura que essas empresas compartilham com seus parceiros, como suporte para captação de imóveis, carteira de clientes, espaço nos plantões de vendas, suporte jurídico, entre outros.

Já o profissional que decidir seguir carreira autônoma deverá compor sua carteira, montar seu local de trabalho, seja em home-office ou escritório, e trabalhar constantemente para conquistar cada vez mais espaço no mercado.

Parceria com outros corretores

Eventualmente, um corretor de imóveis que atua como autônomo pode trabalhar em parceria com outros profissionais, de forma a ampliar suas possibilidades de negócio.

Assim, um corretor com mais capacidade de negociação com compradores, mas sem tanto sucesso na captação de imóveis e de novos clientes, pode se unir a outro com destaque nessa atividade, e com ele dividir as comissões dos negócios que a parceria render.

Atuação junto às imobiliárias

Como o corretor passa a contar com toda a estrutura da empresa para concretizar as vendas ou locações. Ele pode focar na negociação com os clientes, deixando as questões administrativas ao suporte que a instituição disponibiliza.

Essa retaguarda tem um custo à imobiliária, que se remunera da mesma fonte que o corretor: as comissões sobre os negócios fechados. Assim, o faturamento do profissional vai depender das regras aplicadas pela empresa para a divisão dos ganhos.

Planejamento mensal e metas estratégicas

Importante sempre ter em mente que o pagamento por comissão tem a instabilidade como característica. Assim como há meses com boas vendas e rendimentos mais altos, em outros, os negócios escassos podem limitar seus ganhos.

Para prevenir-se e adaptar-se a essa realidade, é preciso traçar metas que o mantenham em constante vigília e possibilitem uma reserva de segurança. Assim, mesmo em momentos de alta, você permanece alerta para garantir a manutenção da renda média nos períodos de baixa.

Para isso: Pondere sua média de vendas mensais, considerando as comissões percebidas em cada transação, e desconte as despesas.

Mas para não apenas se precaver, e sim realizar um controle e projeção de rendimentos eficiente, é preciso conhecer o seu desempenho em cada uma das suas áreas de atuação. Seja familiarizado com índices de produtividade e mensure não apenas as vendas mas todo esforço até seu fechamento. Um exemplo de dado para ser monitorado é a sua taxa de conversão de contatos em vendas, com esse resultado segmentado por produto e serviço, você poderá decidir que estratégia adotar, se focará onde tem mais sucesso, ou buscará elevar sua taxa onde o desempenho está menor.

Isso significa não apenas projetar seus ganhos, mas a mensuração com inteligência.

Falaremos detalhadamente de índices de desempenho no mercado imobiliário em outro artigo.

Carteira assinada

Embora seja raro, as imobiliárias podem contratar corretores de imóveis de maneira formal, com registro em carteira. Isto está previsto na lei 6.580/78. Quando acontece, geralmente o profissional recebe um salário e uma participação menor das comissões.

Mesmo que o pagamento oferecido não seja alto, essa forma de vínculo pode ter algumas vantagens para o corretor. Além das particularidades que já mencionamos, ele pode gozar de benefícios trabalhistas, como 13º salário, férias remuneradas e FGTS.

Quando a comissão é paga?

O pagamento da comissão do corretor de imóveis deve acontecer no momento em que o negócio é concretizado. Em algumas situações, mesmo com a desistência de uma das partes, a comissão deve ser paga.

Isso ocorre, por exemplo, quando comprador e vendedor chegam a assinar um documento de compromisso de compra, mas, por algum motivo, algum deles desiste de última hora. O desistente, no caso, fica responsável pelo acerto com o corretor.

Independentemente do modelo de atuação que escolher, o profissional tem que estar ciente que a sua remuneração está diretamente vinculada à sua capacidade de concretizar negócios. Quanto mais negociar e vender, maiores serão os seus rendimentos.

Outras formas de ganhar dinheiro: o que mais gera remuneração ao corretor?

Além da intermediação da compra, venda e alugueis, há outras atividades que geram comissão ao corretor de imóveis, que também deve ser remunerado, por exemplo, quando realiza algum tipo de atendimento especial e personalizado por solicitação dos clientes.

Essa atividade pode ser a avaliação de um imóvel (caso o corretor tenha feito um curso para atuar como avaliador) ou uma busca específica por uma propriedade – é possível captar imóveis por região usando nossa plataforma, com avaliação gratuita e online para imóveis no Rio e SP.

Nesse caso, o pagamento de uma comissão pode ser feito mesmo que o negócio não se concretize. Importante, porém, é registrar o combinado previamente em contrato.

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