O anúncio do valor do IGP-M – Índice Geral de Preços do Mercado – não agradou aos inquilinos de imóveis no Brasil. Usado como referência para o reajuste dos aluguéis, o índice fechou o ano de 2012 em 7,82%, sendo o maior registrado desde 2010.
Consequentemente, o valor do aluguel de imóveis em todo o território nacional deverá ficar ainda mais caro, especialmente para o locatário com contratos que vencem ainda no começo do ano.
Entre os fatores que contribuíram para o aumento exorbitante do apontador, segundo os analistas, pode-se citar a alta dos preços dos produtos agropecuários no mercado internacional, a desvalorização do real e o encarecimento dos imóveis.
Mesmo com tantas justificativas, a notícia foi acompanhada de inúmeras demonstrações de descontentamento dos inquilinos. Isso porque, do outro lado da história, os locatários afirmam não ver razão para tamanho aumento, já que, no mesmo período, não foram registrados aumentos de salário.
O resultado, portanto, foi um descompasso em relação aos novos valores exigidos pelos locadores, que, aparentemente, não condizem com a realidade dos inquilinos.
Com o aumento do IGP-M o valor do aluguel de imóveis em todo o Brasil deverá ficar ainda mais caro | Via: Flickr.
Em muitos casos, portanto, a solução encontrada é a de negociar a renovação do contrato de locação com o próprio dono do imóvel, a fim de que o reajuste seja inferior ao do IGP-M.
Segundo o consultor imobiliário do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), Cícero Yagi, reduzir o reajuste do aluguel na tentativa de manter o inquilino, pode ser ainda mais vantajoso do que suspender a negociação e partir em busca de novas ofertas.
O acordo se mostra como alternativa interessante para as duas partes, já que tanto o locador, quanto o locatário entram em consenso com relação aos valores, dando continuidade ao contrato.
Em meio às discussões, porém, o coordenador do Índice Geral de Preços da FGV, Salomão Quadros, acredita que, ao longo de 2013, o IGP-M tende a desacelerar. A queda, portanto, deve compensar a subida do IGP-M, resultando em boas notícias para os inquilinos.
Fonte: G1.
