Segundo pesquisa realizada pelo site Global Property Guide, referência a nível mundial como guia de investimentos imobiliários, os imóveis brasileiros registraram a segunda mais alta taxa de valorização do mundo, considerando o ano de 2011. Ficando atrás somente da Índia, o Brasil apresentou valorização nominal de 27,82%, em um ranking que também analisou dados de 35 países, no total.
Contrariando os resultados dos dois primeiros colocados, 22 dos países pesquisados registraram taxas de desvalorização imobiliária, depois de descontada a inflação da variação do preço dos imóveis. Entre eles, 21 nações apresentaram um desempenho imobiliário ainda pior do que no ano anterior.
De acordo com o Global Property Guide, as taxas de desvalorizações dos imóveis nos países pesquisados podem estar relacionadas com quatro principais fatores, sendo: a fraqueza no crescimento econômico mundial; o endividamento dos países ricos; a desconfiança por parte do consumidor em buscas por apartamentos ou casas para comprar e; o alto nível de desemprego mundial.
Contrariando o mercado ao redor do mundo, o Brasil tem registrado valorização imobiliária.
No Brasil, uma das justificativas para a valorização imobiliária é justamente o bom desenvolvimento da economia do país. Incentivada em grande parte por medidas de instituições bancárias, como a redução das taxas de juros, por exemplo, o mercado de imóveis tem encontrado uma situação favorável para a sua valorização.
Outro fator relevante para a alta dos preços no país é o aumento dos custos de muitas incorporadoras brasileiras, que vêm enfrentando alta nos valores cobrados por mão de obra, terrenos e materiais de construção.
Aliada a essas questões, especialistas do setor apontam a desinformação de muitos compradores como um dos diferenciais nos resultados da pesquisa. Isso porque os preços cobrados por imóveis nas principais cidades brasileiras chegaram a níveis surpreendentes, superiores ao dobro do que o registrado nos últimos cinco anos.
O motivo para tamanha elevação dos preços é a esperança de alguns investidores em realizar bons negócios. O importante, porém, é ter em mente que passada a euforia do momento, a tendência é que os valores passem a cair – assim como já vem acontecendo no mercado indiano, atual líder da pesquisa, e em umas cidades brasileiras, como no Rio de Janeiro, de acordo com as estatísticas do Agente Imóvel, que apontam uma redução de 1,4% durante o último mês.
