Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), sofreu uma desaceleração na segunda prévia de junho, registrando alta de 0,63%, ante a elevação de 1% apresentada no mesmo período do mês de maio. A queda, porém, já havia se mostrado logo na primeira prévia de junho, com alta de 0,68%, ante a elevação de 0,89% do início de maio.
Utilizado para medir a evolução do nível de preços, o IGP-M é usado como principal referência para o reajuste de preços em contratos de energia elétrica e aluguel de imóveis, servindo como base para correção de valores de imóveis para alugar no RJ e demais localidades brasileiras.
A justificativa para a desaceleração do índice está no enfraquecimento dos preços atacadistas e do varejo, seguindo uma onda de arrefecimento registrada também em outros indicadores de inflação e taxas. Confira alguns números:
Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S): desaceleração de 0,28% na 2ª quadrissemana de junho, após o avanço de 0,43% registrado no período anterior;
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): desaceleração de 0,36% em maio, após alta de 0,64% em abril;
Índice de Preços ao Produtor Amplo-Mercado (IPA-M): alta de 0,65% na 2ª prévia de junho, ante a inflação de 1,24% no mesmo período em maio;
Preços de Bens Finais: avanço de 0,10%, ante 0,74% anteriormente;
Preços de Bens Intermediários: desaceleração para 1,15%, após registro de 1,60% na 2ª prévia de maio;
Índice de Matérias-Primas Brutas: variação de 0,63%, contra 1,33% no mês anterior;
Índice de Preços ao Consumidor-Mercado (IPC-M): desaceleração para 0,14%, contra 0,41% do mês anterior;
Índice Nacional de Custo da Construção-Mercado (INCC-M): elevação de 1,58%, ante a alta de 0,81% registrada na 2ª apuração do mês de maio;
Índice relativo a Materiais, Equipamentos e Serviços: variação de 0,31%, ante 0,38% no mês anterior;
Custo da Mão de Obra: alta de 2,81% na 2ª prévia de junho, ante 1,23% no mesmo período do mês anterior.
O cenário de desaceleração na elevação de taxas tem se mostrado importante, principalmente para o Banco Central do Brasil e sua política de redução da SELIC. Utilizada como piso para a correção dos juros cobrados em financiamentos e empréstimos, a taxa SELIC, atualmente, bate recorde de baixa (8,50% ao ano), favorecendo o desenvolvimento da economia e atividade imobiliária no Brasil.