Índice
- O que é o Índice IPCA
- Como calcular o IPCA
- O que são as baixas e altas do IPCA?
- O Índice IPCA no Financiamento Imobiliário
- Como calcular o valor do IPTU de um imóvel?
- Como fazer a simulação de um financiamento?
- Como ser aprovado em análise de crédito?
- Como simular seu Financiamento Imobiliário em todos os bancos
- É possível financiar terreno e construção?
- O que é parcela de amortização?
- O que faz um correspondente bancário?
- Qual é o melhor banco para financiamento imobiliário?
- Qual o limite de idade para financiar um imóvel?
- Qual valor do m2 para construir 2024?
- Quanto fica a parcela de um financiamento de 600 mil?
- Quantos anos correspondem a 420 meses?
- Quem tem direito ao crédito imobiliário?
O Relatório de Mercado Focus, lançado pelo Banco Central em outubro de 2020, aponta que a média do índice IPCA está em 2,65%, considerando que no mês anterior era 1,99%. Porém, você sabe o que esses números querem dizer, ou mesmo a importância desse indicador para o mercado imobiliário?
Continue lendo para entender a maneira como a inflação pode influenciar na realização de um financiamento de imóveis.
O que é o Índice IPCA
O IPCA é o Índice de Preços para o Consumidor Amplo. Essa é a principal métrica utilizada pelo Banco Central (BC) para acompanhar a inflação da economia brasileira, utilizando seus dados para, inclusive, fazer projeções para os próximos períodos.
Esse indicador é lançado mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas), sendo usado para mensurar a variação de preços em diversos setores de varejo, mercado imobiliário e prestação de serviço do nosso país.
A ideia da criação do índice se deu por conta de Vladimir Miranda, gerente de planejamentos no IBGE na década de 1970, que observava o uso desse tipo de recurso na Europa. Ele era utilizado mapear o consumo de famílias que ganhavam de um a cinco salários mínimos para, então, identificar a melhor forma de fazer ajustes salariais.
Então, em 1980 foi implementado no Brasil o IPCA, depois de um ano de uso do INPC (Índice Nacional de Preços no Consumidor), buscando entender o comportamento consumidor de famílias que ganham entre um e 40 salários mínimos. Esta década foi marcada por índices de inflação imensos, chegando a 82% em 1989.
Além de seu uso para a variação de preços, hoje também se mostra um indicador importante para fazer correção em investimentos, já que muitos deles estão ligados a essa taxa. É o caso do Tesouro Direto, Letras de Crédito Imobiliário e Fundos de Investimento.
Como calcular o IPCA
Para calcular o IPCA, são coletados no primeiro ou último dia de todos os meses dados de preços do comércio, de aluguéis e prestadores de serviço. Depois, eles são distribuídos nos seguintes pesos aproximados:
- Transportes: 21%
- Alimentação e bebidas: 19%
- Habitação: 15%
- Saúde e cuidados pessoais: 13%
- Despesas pessoais: 10%
- Comunicação: 6%
- Educação: 6%
- Vestuário: 5%
- Artigos de residência: 4%
O cálculo é feito com base em 16 das principais regiões metropolitanas do Brasil. Cada uma delas tem um peso diferente, sendo a distribuição aproximadamente a seguinte:
- São Paulo: 32%
- Belo Horizonte: 10%
- Rio de Janeiro : 9%
- Porto Alegre: 8%
- Curitiba: 8%
- Salvador: 6%
- Goiânia: 4%
- Brasília: 4%
- Recife: 4%
- Belém: 4%
- Fortaleza: 3%
- Vitória: 2%
- São Luís: 2%
- Campo Grande: 1%
- Aracaju: 1%
- Rio Branco: 0,5%
A média é comparada com o período anterior, de modo que é possível chegar ao resultado final do índice. Também existe a média acumulada de forma anual.
É importante mencionar que o percentual encontrado nos cálculos está diretamente ligado à taxa SELIC. Esta é a taxa básica de juros, utilizada por bancos e instituições de financiamento para calcular a cobrança de financiamentos e dívidas, sendo a principal forma de controlar a inflação no Brasil.
Ou seja: quando o IPCA estiver com uma taxa alta, entende-se que o objetivo é frear o consumo, pois há muito dinheiro em circulação. O mesmo vale para a situação contrária: a taxa baixa de preços mostra a necessidade de incentivar o comércio.
O que são as baixas e altas do IPCA?
Como explicado anteriormente, uma das causas das baixas e altas do IPCA é o ajuste da SELIC. Porém, essa não é a única razão pela oscilação de preços.
A elevação, ou seja, a inflação, também está diretamente ligada a fatores econômicos. Por exemplo: um aumento na exportação da safra de determinados alimentos significa redução do estoque para abastecimento interno. Com isso, há uma alta dos itens para compensar a falta de suprimento da demanda.
A injeção de mais dinheiro em circulação, assim como decisões políticas ou eventuais catástrofes também são capazes de alterar os preços internos. No caso de imóveis, por exemplo, é possível notar diferenças em relação à valorização da área.
O Índice IPCA no Financiamento Imobiliário
Além de mostrar as taxas de inflação no país, o IPCA também é muito vantajoso para quem deseja fazer um financiamento imobiliário. Isso porque o índice também pode ser atrelado ao investimento em imóveis, com a taxa de juros atrelada à inflação.
E qual o benefício disso? Ao financiar, é possível garantir entre 2,95% e 4,95% de juros ao ano, somando também o percentual do IPCA, enquanto a Taxa Referencial (TR) está zerada (0%) desde 2018. Essa nova modalidade foi adicionada pela Caixa Econômica Federal em 2019.
Ou seja, o grande benefício é, justamente, a mensalidade bem mais baixa em relação à TR. Com isso, há a possibilidade de oferecer um valor de entrada com um custo menor. Além disso, a renda mensal avaliada para conseguir um crédito para financiamento imobiliário também é reduzida.
Nessa modalidade, as parcelas não são fixas, de modo que pode dificultar um pouco na questão de previsibilidade. Afinal, o reajuste seria mensal. Por conta disso, é importante acompanhar as projeções de inflação para os próximos períodos, de modo que é possível fazer uma estimativa das parcelas que ainda faltam para serem quitadas.
Desta forma, antes de fazer um financiamento imobiliário, é interessante buscar as taxas mais recentes do IPCA e as previsões para o futuro. Considerando que é um índice lançado por instituições governamentais, as fontes são seguras e é possível trabalhar com maior transparência.
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