Apenas com a primeira fase de reformas concluída, a operação de revitalização da Zona Portuária carioca, Porto Maravilha, já foi capaz de mexer com o valor de aluguel e venda de casas e apartamentos no Rio de Janeiro.
Durante a primeira etapa do projeto, R$ 139 milhões foram investidos para reurbanizar as vias da região, o que garantiu um aumento de 20% nos preços cobrados pelos imóveis no local.
A alta foi registrada durante os últimos seis meses, mas há tempos vem causando dores de cabeça para os inquilinos da zona portuária e arredores. Prova disso é que, segundo a Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis, já em 2011 havia sido registrado um crescimento de 65,9% nos custos do metro quadrado em imóveis de dois dormitórios no centro da cidade.
Em contrapartida, as obras têm sido motivo de alegria para os proprietários, já que a primeira etapa do projeto foi responsável por melhorar o clima no local, favorecendo a circulação de pessoas, organizando o fluxo de carros e, consequentemente, valorizado todo o mercado imobiliário da região.
Mesmo com a resistência de alguns inquilinos, a tendência é que a procura por imóveis na Zona Portuária continue a crescer, assim como os seus preços. Entre as previsões, o esperado é que a população do bairro dispare de 20 mil habitantes para 100 mil até o ano de 2020. Além disso, de acordo com o Sindicato de Habitação, estima-se que ainda haja alta de 27,7% no valor da venda e 96,4% no preço de locação do metro quadrado.
Sobre o Porto Maravilha
O projeto Porto Maravilha prevê a utilização de mais de R$ 8 bilhões em obras, visando a revitalização das ruas e infraestrutura da Zona Portuária carioca. A iniciativa inclui a abertura de túneis e galerias subterrâneas e inauguração de museus, além da renovação das redes de água, luz, esgoto, drenagem, iluminação, pavimentação e calçadas da região.
Em sua primeira fase, foram revitalizadas 24 ruas da Saúde, Gamboa e Morro da Conceição e dado início à construção de quatro novos túneis. Já a data de término do projeto está prevista para o final de 2016.
Fonte: O Dia.